Quais são os riscos cibernéticos na Supply Chain e em Terceiros?

julho, 2024‎ ‎ ‎ |

‎Por Adriano Lima

A cibersegurança está se tornando cada vez mais crucial nas grandes corporações, especialmente à medida que dependem de complexas cadeias de supply chain e de múltiplos fornecedores e parceiros. A crescente interconexão e digitalização dessas cadeias aumentam tanto a eficiência quanto as vulnerabilidades, criando novos desafios para proteger dados e sistemas críticos contra ataques cibernéticos.

As cadeias de supply chain modernas são altamente digitalizadas e interconectadas, o que aumenta a eficiência, mas também cria vulnerabilidades. Um único ponto fraco em qualquer parte da cadeia pode comprometer a segurança de toda a rede. Os atacantes cibernéticos estão cada vez mais focados em fornecedores e parceiros como pontos de entrada para atacar grandes corporações. Fornecedores menores podem não ter os mesmos recursos de segurança robustos que as grandes empresas, tornando-os alvos mais fáceis.

Fornecedores e terceiros muitas vezes têm acesso privilegiado a sistemas e dados sensíveis, o que pode ser explorado se suas próprias medidas de segurança não forem adequadas. Esse acesso pode ser usado para lançar ataques internos ou extrair informações valiosas. A conformidade com regulamentações como a GDPR e a LGPD implica que as empresas são responsáveis não apenas por sua própria segurança, mas também pela segurança dos dados manipulados por seus parceiros. Qualquer falha de um terceiro pode resultar em pesadas multas e danos à reputação. Além disso, a complexidade dos contratos e acordos com terceiros pode dificultar a garantia de que todas as partes estão cumprindo os mesmos padrões de segurança. A falta de clareza e rigor nesses contratos pode abrir brechas para ataques.

Para mitigar esses riscos, é crucial implementar processos rigorosos de avaliação e monitoramento de fornecedores, incluindo auditorias regulares, avaliações de risco e a exigência de padrões de segurança elevados. Estabelecer políticas claras sobre quem pode acessar o quê e quando é fundamental para minimizar os riscos. A gestão de identidade e acesso (IAM) deve ser robusta e continuamente monitorada. As corporações devem garantir que todos os funcionários e parceiros estejam cientes dos riscos cibernéticos e das melhores práticas de segurança. Programas de treinamento contínuo e campanhas de conscientização podem reduzir significativamente a probabilidade de erros humanos. Investir em tecnologias de segurança avançadas, como inteligência artificial para detecção de anomalias e blockchain para rastreamento de transações, pode ajudar a fortalecer a defesa contra ataques complexos.

À medida que as cadeias de supply chain e as relações com terceiros se tornam mais complexas, a gestão dos riscos cibernéticos também deve evoluir. Com uma abordagem proativa e colaborativa, as grandes corporações podem proteger melhor seus ativos e garantir a continuidade de seus negócios.

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Adriano Lima

CISO | DPO | Speaker | Writer | Digital Lawyer

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